Nesta seção, você terá acesso ao assunto mais quente do blog, a sexualidade. Aqui você vai ter artigos que tratam o cotidiano, as disfunções, os desafios e como superá-lo olhando as diversas tecnologias disponíveis para nos ajudar nessa área tão importante para o ser humano.
QUEM SOMOS EM DEUS?
Para alguns, trazer sexualidade e bíblia no mesmo contexto, é sinônimo de imoralidade sexual, adultério, homossexualismo, luxúria e tudo mais que a bíblia condena. Entretanto, temos uma clara orientação que vai de gênesis a apocalipse sobre a nossa sexualidade e tudo que a envolve. É inevitável que dentro de contextos religiosos, encontremos discussões acaloradas sobre esse tema. Mas como fisioterapeuta pélvica, sexóloga e cristã, tenho visto a importância abordar esse tema com clareza e leveza e responsabilidade, desmistificando tabus e promovendo uma visão saudável e equilibrada.
Para muitos, falar sobre sexualidade dentro da igreja pode parecer desconfortável, mas é um diálogo necessário. A Bíblia não ignora a sexualidade; pelo contrário, ela reconhece sua importância na vida humana. No entanto, muitas vezes, a falta de abertura para discussões francas e informadas pode levar a mal-entendidos e até mesmo a sentimentos de culpa ou vergonha. Então vamos começar entendendo o que é a sexualidade.
SEXUALIDADE EM GÊNESIS
A sexualidade é uma parte intrínseca da nossa vida e, como tal, deve ser abordada de forma natural e respeitosa. Em gênesis, Deus cria homem e mulher como complementos um para o outro para trazer propósito à sua criação. (²⁷ E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Genesis 1:27). Mostrando-nos a relevância da dualidade entre o sexo masculino e o feminino. Trazendo o conceito de unidade entre ambospara promover um bem maior, citado no versículo seguinte. (²⁸ E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra. Genesis 1:28). Não há dúvidas aqui sobre a nossa missão. Sendo enfatizada ainda mais em Gênesis 2:18 (¹⁸ E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele), trazendo o conceito do feminino de ajudadora, auxiliadora, alguém que não está á frente da missão, mas ao lado de quem guia. No mesmo jardim, pelo mesmo Criador, com a mesma imagem e semelhança dada ao homem. Isso nos traz claramente que a sexualidade, a identidade, a sua missão, está intrinsicamente ligada com quem Deus te fez. Sendo impossível separar quem nós somos, do que nós fazemos todos os dias. Dentro da igreja, é fundamental criar um espaço seguro onde os cristãos possam explorar essas questões, entendendo que a sexualidade não deve ser vista como algo pecaminoso ou impróprio, mas sim como um dom divino parte dom sopro da vida gerado em nós desde o ventre da nossa mãe. E que estar arraigado na palavra, nos fará compreender também o conceito do masculino em Gênesis 2:24 nos leva a uma reponsabilidade dada ao homem ²⁴ Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne. Identificamos até aqui o papel da sexualidade feminina e da sexualidade masculina dentro do papel de cada um, certo?
O DIÁLOGO
Como fisioterapeuta pélvica, vejo diariamente os impactos positivos que a educação sexual e religiosa podem ter na saúde e no bem-estar das pessoas. O conhecimento sobre o próprio corpo, o entendimento das funções sexuais e a promoção de uma sexualidade saudável e compreensão do seu papel enquanto povo de um reino, são aspectos essenciais para uma vida plena. É crucial que a igreja participe ativamente dessa educação, oferecendo suporte e orientação fundamentada na fé e no amor.
Para quebrar o tabu da sexualidade na igreja, é necessário promover o diálogo aberto e sem julgamentos. Líderes religiosos, educadores e profissionais de saúde devem trabalhar juntos para criar materiais educativos e organizar palestras e grupos de discussão. Esses esforços ajudam a desmistificar mitos e a construir uma comunidade mais informada e inclusiva.
CONCLUSÃO
Falar sobre sexualidade na igreja pode parecer um desafio, mas é um passo vital para o crescimento espiritual e pessoal dos adolescentes, jovens e casais. Ao abordar o tema com honestidade e respeito, podemos promover uma compreensão mais profunda da sexualidade como uma expressão do amor e da criação divina. Que possamos sempre buscar o diálogo e a educação, guiados pelo amor e pela fé.
Se você tem dúvidas ou gostaria de continuar essa conversa, sinta-se à vontade para entrar em contato. Vamos juntos construir pontes de entendimento e respeito!
Shirley Zucher
O SONHO DO CASAMENTO
A jornada rumo ao casamento é um momento de expectativa e alegria para muitas mulheres cristãs. Entretanto, para aquelas que escolheram esperar até o casamento para ter relações sexuais, esse caminho pode ser repleto de inseguranças e dúvidas. Este artigo busca abordar algumas das dificuldades enfrentadas por mulheres virgens e a falta de informações e orientações que muitas vezes não são oferecidas a elas.
ABRINDO O JOGO
Um dos maiores desafios enfrentados por mulheres virgens é o medo do desconhecido. Sem experiências passadas para se basear, o ato sexual pode parecer intimidante e cercado de mistérios. Muitas mulheres se perguntam se serão capazes de agradar ao parceiro ou se a experiência será dolorosa. A pressão social pode ser esmagadora. Em algumas comunidades, há uma expectativa implícita de que a noite de núpcias seja perfeita, o que pode gerar ansiedade e insegurança. Além disso, a cultura popular muitas vezes transmite mensagens contraditórias sobre o sexo, contribuindo para uma visão distorcida do que é normal ou esperado. Infelizmente, muitas mulheres não têm com quem conversar abertamente sobre suas dúvidas e medos. Assuntos sobre sexualidade ainda são considerados tabus em algumas famílias e comunidades cristãs, o que dificulta o acesso a informações precisas e de qualidade.
O QUE ESTÁ FALTANDO?
Muitas vezes, a educação sexual oferecida a mulheres cristãs é limitada e focada apenas na abstinência. Enquanto a importância da espera até o casamento é enfatizada, informações sobre anatomia, prazer feminino e comunicação sexual são frequentemente negligenciadas. O autoconhecimento é uma ferramenta poderosa na preparação para a vida sexual. Entender o próprio corpo e suas reações pode ajudar a reduzir a ansiedade e melhorar a experiência sexual. Infelizmente, esse aspecto é pouco abordado na maioria das orientações oferecidas às mulheres virgens. A habilidade de comunicar desejos e preocupações ao parceiro é crucial para uma vida sexual saudável. No entanto, muitas mulheres não são ensinadas a ter essas conversas de maneira aberta e honesta, o que pode levar a mal-entendidos e frustrações no casamento.
CONHECIMENTO NÃO É PECADO!
Procurar livros, palestras e workshops sobre sexualidade pode ser uma maneira eficaz de se preparar para o casamento. Muitas igrejas e comunidades cristãs oferecem recursos que abordam o tema de maneira respeitosa e informativa.
Consultas com profissionais de saúde, como fisioterapeutas pélvicas, podem fornecer informações valiosas e personalizadas. Esses profissionais são capacitados para ajudar mulheres a entenderem melhor seus corpos e a prepararem-se para a vida sexual de maneira saudável.
Conversar com casais cristãos mais velhos e experientes pode oferecer uma perspectiva realista e encorajadora sobre o casamento e a vida sexual. Muitas dessas conversas podem desmistificar medos e ansiedades, além de proporcionar conselhos práticos.
CONCLUSÃO
A jornada para o casamento, especialmente para mulheres virgens, pode ser desafiadora, mas também é uma oportunidade de crescimento e autodescoberta. Ao buscar informações, dialogar abertamente e preparar-se emocional e fisicamente, é possível transformar inseguranças em confiança e desfrutar plenamente da vida conjugal. O apoio de uma comunidade amorosa e a orientação de profissionais especializados são fundamentais para essa transformação. Em breve teremos um artigo abordando sobre temas fundamentais com mais profundidade como a primeira vez, o que esperar e como se preparar....
Shirley Zucher
O desejo espontâneo é aquele que nasce em você, o responsivo é o que é despertado em você!
Você já se perguntou por que, às vezes, o desejo simplesmente “aparece” do nada… e outras vezes, só surge depois que a intimidade já começou? Isso não é falta de vontade, nem um defeito no seu corpo. É apenas o funcionamento natural do seu desejo sexual. Na fisiologia do corpo humano, temos esses dois tipos principais de desejo: o espontâneo e o responsivo.
Desejo Espontâneo
É aquele que surge do nada. De repente, você sente vontade de se conectar sexualmente com seu marido, mesmo sem nenhum estímulo externo. Ele é facilmente percebido no início dos relacionamentos (fase da paixão intensa),quando os níveis de dopamina estão altos e você se encontra naquela fase que pela neurociência apelidou de demência da paixão. O corpo se excita com uma mensagem no celular, com um olhar mais demorado pelo corpo do outro. A lubrificação acontece com um simples toque das mãos dele na sua pele, com um beijo mais demorado.
O desejo espontâneo também acontece ao se lembrar da pessoa ou de um momento de intimidade que tiveram, e isso fez você reviver aquela sensação, pois nosso cérebro não entende que está no passado ou no presente, assim traz para o momento presente a mesma emoção (isso acontece com lembranças boas ou ruins). O desejo espontâneo se mostra ainda na fase folicular e ovulatória, onde os níveis de estrogênio estão aumentando que são fundamentais para a saúde sexual. Então, se você acompanhar o calendário, vai perceber que o seu desejo sexual poderá estar aumentado nesse período.
Desejo Responsivo
É o desejo que responde a um estímulo. Ou seja, você não sente vontade antes, mas ela aparece durante ou depois do toque, da conversa íntima, da conexão emocional ou de um carinho mais demorado. Esse tipo de desejo é muito comum em algumas fases das mulheres, especialmente durante a gestação ou puerpério, em fases com carga mental elevada, pois a libido tem queda acentuada quando estamos fatigadas ou estressadas, na fase pré-menstrual ou pós menopausa. Mas pode ser despertado quando um estímulo correto acontece, por exemplo: Um abraço demorado e apertado, um carinho intencional em pontos específicos do corpo como pescoço, rosto, mãos, coxa.
É você se permitir ser levada para o lugar de excitação. É uma dança conduzida pelo seu marido. Dança que ele deve saber dançar, pois se começa o ato com foco na penetração, ele só irá enfatizar o seu desdém pelo ato. E não é isso que buscamos aqui. Buscamos intimidade, compreensão e prazer dentro do casamento. Outra maneira intencional de gerar excitação e desejo é aplicar a sua linguagem do amor quando você estiver nesses dias de apatia.
Quando você pratica o autoconhecimento e entende o seu corpo, você tira o peso da cobrança (“Por que não tenho tanta vontade quanto antes?. Você melhora sua autoestima sexual, se comunica melhor com o parceiro, e vive a sexualidade com mais leveza e prazer. Você não está "errada" se o seu desejo não aparece do nada. Isso não é frieza, nem desinteresse, nem problema hormonal automático. Muitas vezes, é apenas o funcionamento natural do seu corpo e da sua mente.
Apesar do desejo espontâneo estar presente na maioria das mulheres, nós fomos ensinadas desde a infância que o sexo é algo sujo, pecaminoso, vulgar. Por isso, jamais devemos procurar um homem pois isso nos classifica como promíscuas que buscam satisfazer os desejos da carne. O meu papel é trazer conhecimento à você. Então, vamos esclarecer que você é parte ativa no seu casamento, inclusive tomando a iniciativa para a relação sexual. Esse papel não é só do seu marido. Enfatizo a importância de você se conhecer e entender o seu desejo sexual, para que a partir dessa conscientização você use o seu corpo com propósito e intencionalidade. Não objetificando-o pois ele é templo do Espírito Santo e por isso deve ser tratado com zelo e cuidado, inclusive nas áreas sexuais.
Então, vamos combinar uma coisa? Quando você sentir esse desejo espontâneo, não reprima. Sinta-o, permita que a sua imaginação navegue no corpo do seu marido para que a experiência da relação sexual não seja apenas natural, mas emocional e espiritual. Diga à ele o que você está sentindo, seja demorada nas preliminares, conduza-o pelo seu corpo e perceba a lubrificação chegando antes e mesmo de você partir para a penetração. Amplie as sensações para o ambiente, deixe a luz baixa, som ambiente adequado para o momento a dois. Aproveite os óleos corporais que você ganhou de aniversário e divirta-se!
Agora quando você estiver na fase de baixo desejo, o responsivo se fará necessário. O papel do seu marido é imprescindível. Ele terá que agir de maneira especial e delicada, com a intenção de te levar a um lugar de excitação, mesmo quando você não está tão afim, embora isso seja um dilema na vida da maioria das mulheres, precisamos esclarecer uma coisa. Fazer sexo sem vontade não é saudável, te traz dor, peso emocional e pode piorar a sua relação com o seu marido. Aqui, estamos trazendo a liberdade que você tem como casal de permitir que ele passeie pelo seu corpo na intenção de ter e dar prazer através do toque, dos beijos, da penetração. (Em outro artigo abordaremos as consequeências de fazer sexo sem vontade). por enquanto voltemos para o desejo responsivo que é o despertar do desejo sexual a partir daquilo que o oiutro te faz. Como citado anteriormente, conhecer as 5 linguagens do amor pode te ajudar como ninguém nesse dia. Se você gosta de receber presentes, é uma ótima maneira dele iniciar essa preliminar; se você gosta de toqu físico, uma parte do caminho já foi percorrida se ele souber como fazer; se você gosta de palavras de afirmação, as mensagens no decorrer do dia podem ter um impacto significativo na cama e assim por diante. Mas e se ele não souber qual a sua linguagem do amor? Se você nunca conversou com ele sobre isso? Consegue compreender a necessidade de ter liberdade, confiança e autoconhecimento dentro do casamento?
CONCLUSÃO
A comunicação será a chave de todo bom relacionamento, invista em conversas e tempo de qualidade para que vocês se conheçam cada dia mais. Nenhuma das duas formas está errada, elas são apenas diferentes e devem ser acolhidas com amor e consciência!
Um abraço,
Shirley Zucher